Fala, pessoal!
Ano de 2017 e estou acompanhando o time do Regatas. Tinha visto que um dos destaques do campeonato era Henrique Lúcio (ala do Pinheiros atualmente) e iria entrar em quadra contra um time da capital pelo Campeonato Paulista Sub-12. Pois bem, um outro jogador me chamou atenção além do ala, tanto pelo jogo próximo a cesta e boa locomoção pela quadra quanto pelo estilo (óculos de proteção no melhor estilo Kareem Abdul-Jabbar).
No ano seguinte, fui acompanhar o Regatas jogar contra o São Paulo, agora na categoria Sub-13 e esse atleta teve um salto de qualidade incrível, tanto que conversava com alguns pais do time da casa sobre sua evolução notável. Ele estava mais forte, mais confiante e com mais recursos (veja abaixo sua partida contra o Mackenzie).
Essa evolução não parou e seu talento o levou para terras europeias, onde seguiu seu desenvolvimento na Itália. Pois bem, gostaria que conhecessem um grande atleta da geração 2005: Kauan Nascimento.
– Informações do atleta
- Nome: Kauan Nascimento Raymundo
- Altura: 1,97m
- Posições: ala/pivô e pivô
Conquistas:

- Prêmio de melhor pivô do Encontro sul-americano (2018)
- Segundo colocado pelo Clube Campineiro Regatas no Encontro sul-americano (2018)
- Duas vezes terceiro lugar da federação paulista de basquete série ouro pelo Clube Regatas
- Campeão do troffeo Claudio Papini pelo Crabs Rimini-Italia
- Vice-campeão do Torneio de San Sepolcro
- Quinteto ideal da etapa Rimini do torneio EYBL 2018-2019
– Onde começou a jogar e porque escolheu o basquete?
Levado pela minha mãe e tendo influência e inspiração de meu pai, comecei a jogar em um projeto social chamado Basquete IAPI da minha cidade, Campinas, com 10 anos de idade.
– Quais seus pontos fortes?

Jogo bem dentro do garrafão, bom trabalho perto da cesto, sou bom em dar tocos, uso bem minha envergadura para defender.
– O que precisa melhorar em seu jogo?
Melhorar a habilidade na Defesa do perímetro, arremesso de longa distância e melhorar meu Ball handle.
– Como é sua rotina de treinos?
Dois treinos diários de segunda a sexta-feira. E Jogos aos sábados e domingos.
– O que o fez tomar a decisão de ir jogar fora do Brasil?

A oportunidade de aprender uma nova língua e cultura. Melhorar meu basquete com uma rotina diária de treinos voltados pro esporte.
– Como é a estrutura do basquete italiano?
O basquete na Itália é muito bem estruturado. A liga possui três tipos de campeonato de base com níveis diferentes. O regional, o Elite e o Eccellenza, sendo esse último o mais competitivo. A medida que os times avançam nessa competição vão enfrentando os times mais fortes de cada região da Itália.
Paralelo ao campeonato há diversos torneios durante o ano.
Com um número grande de times da base e de torneios nacionais e internacionais para disputar, tem uma boa competitividade e desenvolvimento do jogo.
– Sentiu muita diferença nos estilos de jogo?

Senti muita diferença no estilo de jogo. Lá na Itália é muito valorizado a tática, os fundamentos e a defesa. Embora eles não sejam tão vibrantes como no Brasil, aqui dentro e fora de quadra há uma grande vibração e energia!
– O que mais te chamou atenção durante nos jogos na Europa?
No caso do meu time, me chamou atenção o fato de que disputamos um torneio internacional com times de toda Europa tendo vários jogadores de alto nível.
– Quais jogadores mais te impressionaram até o momento?
Matteo Visintin foi o jogador que mais me impressionou. Ele é um ano mais velho e um jogador extremamente dominante. Saliou Niang também muito me impressionou com 2m e muito versátil podendo jogar em quase todas as posições.
– Quais os torneios/campeonatos que disputa durante o ano?
A temporada regular na Itália vai de Setembro a Maio. Em geral, lá os times disputam o campeonato da federação italiana e diversos torneios. No time que estava, disputei por duas temporadas o campeonato Eccellenza italiano, Troffeo Papini, duas vezes o torneio EYBL, Troffeo Gardosi, Torneio de San Sepolcro.
– Pretende voltar a jogar no Brasil?
Nesse momento não pretendo voltar a jogar no Brasil.
– Qual foi sua melhor partida de todos os tempos?
Não me recordo com certeza mas acho que minha melhor partida foi contra a Virtus pelo Italiano com 28 pontos e um ótimo aproveitamento.
– Quem são suas referências dentro e fora das quadras?
Minha referência é o Giannis Antetokounpo e Allen Iverson dentro de quadra. Minha mãe e meu pai fora das quadras.
– Onde quer chegar com o basquete?
Quero chegar a NBA!
– Mensagem para treinadores e colegas
Sou muito grato às pessoas com quem eu joguei, sou muito amigo deles até hoje. Agradeço meus companheiros na Itália que me ajudaram bastante com a língua. Quero agradecer a todos meus treinadores, em especial ao meu treinador Gordan Firic.

Valeu demais, Kauan! Sabe que estou na torcida pelo seu sucesso!
É isso, pessoal, um abraço e até a próxima!